segunda-feira, 4 de junho de 2007

Avante, Cocó!

No domingo, a grande faixa preta do SOS Cocó reafirmava para os que passavam entre o Casablanca Mall e o Parque do Cocó o convite para o piquenique. O primeiro dia da programação do movimento para a Semana do Meio Ambiente contou com a participação de cerca de 300 pessoas na manhã de ontem, dia 3 de junho, a partir das 8h30.


A manhã foi muito além do piquenique. Foi de fato um festejo da harmonia da vida e a natureza, com muitas cores, música, atividades e atrações. Houve pintura facial para crianças, trilhas guiadas por estudantes de Ciências Biológicas e Geografia, discussão sobre vegetarianismo e também uma dança circular sagrada. As atrações que se apresentaram, contribuindo para a descontração do evento, foram o grupo de capoeira e o grupo Tambores de Guaramiranga.

Hoje foi um dia excepcional para o Movimento SOS Cocó

Houve um grande cortejo no Centro da Cidade, com direito a tambores e apitos. Uma grande festa em prol do verde e da preservação do Cocó. Os apoiadores da causa ambiental, que carregavam a famosa cobra do SOS Cocó - a Cocócobra -, convidaram pessoas ao movimento, entregando panfletos ao som do grupo musical, da praça do BNB à praça do Ferreira. Com toda a situação do Iguatemi, da Juarez Barroso, da Prefeitura e suas licenças e das obras existentes e das futuras, é imprescindível que as manifestações aconteçam com muita gente para evidenciar o interesse pela preservação do ecossistema.

AMANHÃ será o dia mais importante: O DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE.


A nossa intenção é de dar um grande ABRAÇO no Cocó. Esse ato vai ser o simbolismo do amor e da luta contra a destruição de nossas áreas verdes, que é por direito de todos.

Compareçam!

AMANHÃ 08:00 concentração no Parque do Cocó (próximo a Av Eng. Satana Jr com Pe Antonio Tomás)

Será muito importante a presença de todos! Será a definição que a população não quer construções no Parque Do Cocó!

Agora algumas notícias de um esquema de compra de licenciamento ambiental que esta acontecendo em Florianópolis. Lá eles estão vivendo o mesmo problema que nós, o de empreendedoras que querem fazer construções em áreas de preservação ambiental, inclusive o IGUATEMI estando no meio da suposta QUADRILHA.

Isso é MUITO sério, leiam essa informação valiosa:


OPERAÇÃO MOEDA VERDE
PF prende empresários e políticos por fraude ambiental em SC

Após nove meses de investigação, Polícia Federal prendeu 19 pessoas nesta quinta, por envolvimento em um esquema de venda de licenças ambientais na ilha de Santa Catarina para a construção de grandes empreendimentos imobiliários.

Marco Aurélio Weissheimer - Carta Maior

PORTO ALEGRE - A Polícia Federal desencadeou, na manhã desta quinta-feira (3), em Florianópolis, a Operação Moeda Verde, que investiga a existência de um esquema de venda de leis e atos administrativos de conteúdo ambiental e urbanístico em favor da construção de grandes empreendimentos imobiliários na ilha de Santa Catarina. A Justiça Federal expediu 22 mandados de prisão temporária contra políticos, empresários e funcionários públicos de Florianópolis acusados de negociar licenças ambientais.

Além das prisões, a Polícia Federal realizou operações de busca e apreensão em órgãos públicos, empresas e residências. Os mandados de prisão foram expedidos por ordem do juiz Zenildo Bodnar, da Vara Ambiental de Florianópolis, que as considerou necessárias para a eficácia das investigações e para a preservação de eventuais provas. A Operação Moeda Verde investiga a ocorrência de crimes contra a ordem tributária, falsificação de documentos, uso de documentos falsos, formação de quadrilha, corrupção e tráfico de influência.

As prisões temporárias começaram a ser efetuadas ainda durante a madrugada de quinta contra vereadores de Florianópolis, servidores públicos e empresários. Os empresários Péricles de Freitas Druck e Fernando Tadeu Soledade Habckost, ambos do grupo imobiliário Habitasul, foram presos em Porto Alegre. Dois dos 22 mandados de prisão expedidos na Operação Moeda Verde deixaram de ser cumpridos porque os acusados não estavam em Florianópolis.

O presidente da Santa Catarina Turismo (Santur), vereador Marcílio Ávila, está na Argentina. O empresário Paulo Cézar Maciel da Silva – um dos donos do recém-inaugurado Shopping Iguatemi, em Florianópolis – está em local não divulgado pela PF. Entre os acusados de negociar licenças ambientais estão cinco funcionários públicos, dois vereadores, um secretário municipal, dois diretores de órgãos da prefeitura de Florianópolis e pelo menos oito empresários.

Segundo as primeiras informações divulgadas pela PF, entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão em dinheiro foram apreendidos nas operações de busca e apreensão. Essas operações foram realizadas na Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos de Florianópolis (Susp), no Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis, na Fundação do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram), na Fundação do Meio Ambiente (Fatma), além de escritórios e residências.

Condomínio de luxo em Jurerê Internacional

Em sua decisão, o juiz Zenildo Bodnar afirma que “as prisões não implicam juízo de valor sobre a culpa ou inocência dos envolvidos, a serem devidamente apuradas no curso regular do processo, com respeito à ampla defesa”. Conforme a Polícia Federal, o esquema para fraudar licenças ambientais envolvia pelo menos a construção de um condomínio de luxo na praia de Jurerê. Entre os empresários que tiveram prisão preventiva decretada também está Fernando Marcondes de Mattos, do Costão do Santinho.

Segundo o delegado Raimundo Barbosa, da Polícia Federal, há evidências de que o vereador Juarez Silveira (sem partido) é o líder do grupo que negociava licenças ambientais na capital catarinense. As investigações da PF começaram há nove meses e apontaram a existência de um esquema entre empresários, políticos e funcionários públicos para a negociação de licenças ambientais.

Inicialmente, o alvo da PF era um empreendimento em Jurerê Internacional, no norte da Ilha de Santa Catarina. A partir daí, as investigações conduziram os policiais para pelo menos outros três empreendimentos de grande porte construídos em áreas de marinha, mangues e restingas, o que é proibido pela legislação. Segundo a Polícia Federal, todos foram licenciados de forma irregular através de “vantagens devidas”, que incluíam o pagamento de valores em espécie, troca de favores entre órgãos públicos e uso de carros.


A relação dos detidos. A lista das 22 pessoas que tiveram prisão preventiva decretada é a seguinte:

Juarez Silveira (vereador, sem partido)
André Luiz Dadam (servidor da Fatma)
Hélio Scheffel Chevarria (Grupo Habitasul)
Fernando Tadeu Soledade Habckost (Grupo Habitasul)
Renato Juceli de Souza (Susp)
Marcelo Vieira Nascimento (Floram)
Rubens Bazzo (Susp)
Francisco Rzatki (Floram)
Péricles de Freitas Druck (Grupo Habitasul)
Fernando Marcondes de Mattos (dono da rede de hotéis do Costão do Santinho)
Amílcar Lebarbechon da Silveira (Restaurante do Amílcar)
Paulo Cezar Maciel da Silva (Shopping Iguatemi)
Gilson Junckes (Hospital Vita)
Rodrigo Bleyer Bazzo (filho de Rubens Bazzo)
Marcílio Guilherme Ávila (vereador eleito pelo PP, presidente da Santur)
Percy Haensch (Colégio Energia)
Margarida Emília Milani de Quadros
Aurélio de Castro Remor (Secretário de Obras de Florianópolis)
Paulo Toniolo Junior
Itanoir Cláudio (chefe de gabinete de Juarez Silveira)
Sérgio Lima de Almeida
Aurélio Paladini

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